A cena clubber de Berlim terá mais uma amostra do reconhecimento cultural e histórico que recebe constantemente no país. Isso porque a porta de ferro do clube Tresor — um dos mais importantes do cenário techno alemão — foi selecionada para ser uma das obras expostas em uma mostra sobre a cultura da Alemanha.
“A porta nos lembra a cultura pulsante dos anos 90 e simboliza os espaços livres da cidade, que deram origem a uma cena cultural animada. Esse objeto reflete verdadeiramente a história do evento de Berlim”, diz o site do museu The Humboldt Forum. A porta se juntará ao acervo do museu a partir de 09 de maio, dentro da exposição “Highlights”.
A entrada do Tresor se juntará a peças e artefatos que datam da época do Império Romano, o que revela como os alemães se preocupam com tudo que envolve o techno por lá. O clube, cujo nome significa “seguro”, abriu pela primeira vez em 1991 no cofre de uma loja de departamentos abandonada, e se tornou um reduto de techno industrial da cidade. Depois de fechar em 2005, reabriu em 2007 em uma usina elétrica, e ainda está ativo como um dos mais concorridos da cidade.
Relançamento de álbuns clássicos
Para quem não quer esperar muito tempo pra ir ao museu, a gravadora Tresor Records vai reeditar uma série de álbuns clássicos a partir de novembro. Com uma inclinação atemporal, a série vai apostar em trazer para os dias de hoje Waveform Transmission Vol. 3, de Jeff Mills, Internal Empire, do Robert Hood, Skynet, de Infiniti/Juan Atkins, Neptune’s Lair, de Drexciya e Arrange and Process Basic Channel Tracks, do Scion.
“A importância contínua desses álbuns é indiscutível, essencial tanto para o techno quanto para o Tresor. É uma história entrelaçada. A conexão Berlim–Detroit vive, com esses lançamentos testemunhando a eterna influência que os artistas compartilham entre si, com músicos, DJs e dançarinos em todo o mundo”, diz um comunicado da label.